É hora de comer, que alegria! O tutor abre o pote de ração para cachorro e serve para o pet, mas ele não começa a mastigar. Fica parado na frente da tigela, hesitante. Olha para os lados, para cima. Dá um passo para trás. Dirige os olhos para o tutor, que se mostra agoniado.

O tutor fala com seu amigo, faz um carinho, agita a tigela, faz mais um carinho, e nada de comilança. Por que ele não está comendo?

Essa cena lhe parece comum? Muitos tutores passam por esta dificuldade com seus cãezinhos, e chegam a reclamar com o médico veterinário: ele enjoou da ração, e todo mês preciso comprar uma marca nova.

Uma das razões pelas quais isso pode estar acontecendo é que, frequentemente, os de pequeno e médio porte, mimados como os “reizinhos” da casa, são acostumados a conseguirem tudo o que querem, e, quando o alimento perde a sensação de novidade, desejam outra.

Esses carinhas ganham muitos agrados, petiscos deliciosos diretamente da loja sempre que seus tutores podem trazer, e ficam mal acostumados. Com a oferta grande destas delícias, porque eles iriam querer aquela raçãozinha seca, chata e sem graça?

É aí que entra a hesitação diante da tigela de comida, pedindo atenção para conseguir o tão desejado petisco.

Outro motivo, um pouco menos comum, é a porção excessiva, que faz o cão simplesmente não sentir fome nos horários certos.

Observe o rótulo da embalagem do produto. Lá existem informações a respeito da porção recomendada de acordo com o tamanho do animal. Sirva desta maneira, e seu pet vai estar com fome na hora correta.

O melhor método para organizar a rotina alimentar de seu cachorro

Cães, assim como nós, precisam de rotinas. Rotinas mantém animais calmos, equilibrados e sadios. Acertar a rotina alimentar faz parte do papel do tutor, porque eles não podem fazer isto sozinhos.

Comece estabelecendo horários fixos de alimentação. Filhotes devem ser alimentados três vezes ao dia, enquanto adultos podem ser alimentados apenas duas vezes. Coloque a ração para cachorro na tigela e saia do ambiente.

Depois de 15-30min, volte e retire o que sobrou. Se ele ficar com fome, deverá comer na próxima refeição.

Não dê petiscos neste momento. O petisco é um reforço positivo, um agrado para o seu pet, além de ser altamente calórico. Deixe para outra ocasião. Esse é um processo de adestramento, é importante ser firme. Seja persistente e não desista!

Além disso, certifique-se de que o espaço de refeição não fica próximo da área onde o pet faz suas necessidades, pois isso costuma incomodá-los bastante; se fosse com você, também se incomodaria, certo?

Experimente servir uma porção menor. Coloque apenas alguns grãos na tigela e observe o comportamento dele. A sensação de escassez vai ativar os instintos mais primitivos do cão e ele irá se alimentar. 

Como acertar na ração para cachorro?

Se você ainda não tem o hábito de ler os rótulos das embalagens de ração, esta é a hora. Procure por rações com fontes mais nobres, como as de marca premium e super premium se puder, para oferecer um alimento melhor ao seu parceirinho.

Além de serem mais saborosas, são mais ricas em nutrientes e menos calóricas. Também contém menos, ou são livres, de corantes e aromatizantes artificiais.

Uma alternativa para a ração para cachorro é a alimentação natural, linha que tem ganhado força no mercado nos últimos anos. Os ingredientes são itens frescos, naturais e saudáveis, livres de conservantes e químicas.

São utilizados itens como carne bovina, frango, peru, arroz e couve. Veterinários nutricionistas supervisionam tanto a produção quanto as porções, que são separadas para cada cão, individualmente.

Se notar que o bichinho não está com seu ânimo normal, não brinca quando estimulado, além de não estar comendo, leve-o ao seu médico veterinário de confiança.

As dicas sugeridas nesse texto se aplicam para os pets saudáveis, e consultas veterinárias são indispensáveis para uma boa qualidade de vida.