Alugar ou comprar apartamento? Essa é uma das dúvidas mais frequentes por parte de quem está a procura de um novo lugar para morar. Diante da instabilidade econômica atual enfrentada pelo Brasil e o crescimento no número de lançamentos imobiliários, fechar negócio em uma propriedade nova pode ser a melhor opção. 

No entanto, algumas situações envolvendo planejamento financiamento e renda familiar mensal precisam ser levadas em consideração para nenhum prejuízo lhe afetar ao longo dos meses. Confira a seguir os principais benefícios de comprar apartamento e veja se vale a pena ou não dar entrada em nova propriedade atualmente. 

Simulação entre comprar e alugar um imóvel pelo SFH

Considere a atual situação do mercado imobiliário proporciona pela Caixa Econômica Federal durante o financiamento de um novo imóvel por meio do Sistema Financeiro de Habitação (SFH):

• Taxa mínima: 9%/Taxa máxima: 10,25%; 
• Valor da TR (Taxa Referencial): 0%;
• Valores do imóvel: compra: R$ 500 mil/aluguel: R$ 1,5 mil;
• Duração do financiamento: 180 meses (15 anos);
• Valor de cada parcela: R$ 2.777,77 + 9% (juros + TR) = R$ 3.027,77,
• Quantia final a ser paga pelo imóvel: R$ 545 mil.

Considerando o valor de aluguel subtraído do valor de cada parcela do financiamento, pode-se concluir que a pessoa irá poupar R$ 1.527,77 - mais de 50% do valor. Exemplificando a situação, confira o quanto poderá ser economizado: 

• Valor total a ser pago pelo imóvel em 180 meses: R$ 545 mil; 
• Quantia economizada mensalmente caso a pessoa opte pelo aluguel: R$ 1.527,77,
• Montante juntado em 180 meses: R$ 1.527,77 x 180 = R$ 274.998,60.

Após conferir os dados acima, chegou o momento de saber de todo dinheiro aplicado rende uma quantia de juros mensais, independentemente de ser nas cadernetas de poupança ou outros meios. Portanto, provavelmente, o montante disponível após 180 meses de economia pode facilmente ultrapassar o valor de R$ 300 mil.

Comparação entre comprar e alugar apartamento pelo SFI

Além do SFH, existe um outro modelo de financiar apartamento por meio do SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário). Apesar de serem semelhantes, alguns valores podem sofrer alterações, fazendo aumentar ainda mais o montante a ser poupado caso opte por alugar um imóvel. Confira! 

• Taxa mínima: 10%/Taxa máxima: 11,25%; 
• Valor da TR (Taxa Referencial): 0%;
• Valores do imóvel: compra: R$ 800 mil/aluguel: R$ 2,4 mil;
• Número de parcelas do financiamento: 240 (20 anos);
• Valor das prestações: R$ 3.333,33 + 10% (juros + TR) = R$ 3.666,66,
• Valor total pago pelo imóvel: R$ 880 mil.

Usando a mesma lógica da situação anterior, ao subtrair o preço do aluguel do valor da prestação do financiamento, pode-se concluir que a pessoa conseguirá economizar R$ 1.266,67 durante 20 anos. Partindo para a próxima etapa do cálculo, considere: 

• Valor total a ser pago pelo imóvel em 180 meses: R$ 880 mil; 
• Quantia economizada mensalmente caso a pessoa opte pelo aluguel: R$ 1.266,67,
• Quantia poupada em 240 meses: R$ 1.266,67 x 240 = R$ 303.999,99.

Caso todo o dinheiro poupado seja aplicado mensalmente em um rendimento a juros, você pode ter mais de R$ 400 mil disponível após o prazo de 20 anos ter se encerrado. 

Vantagens de comprar um imóvel atualmente

Apesar da economia de dinheiro ser maior caso você tenha optado pelo aluguel, é importante frisar que você sempre estará pagando por uma propriedade de outra pessoa. Comprando um apartamento, mesmo o valor das prestações do financiamento serem maiores, você estará pagando por algo próprio. 

Segundo pesquisa feita pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), o número de lançamentos imobiliários entre fevereiro de 2017 e janeiro de 2018 atingiu a marca de 24.699. Tal dado revela que, se comparado ao mesmo período do ano anterior,, houve um aumento de 55,9%. 

Por esse motivo, devido a grande oferta de imóveis no mercado, comprar apartamento hoje em dia pode ser um excelente negócio devido às condições facilitadas de financiamento. Além disso, a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) se mantém estável em 6,5% - o menor índice desde 1996- e colabora para o cenário favorável do setor.