Muita gente não curte assistir filmes românticos, muito por conta do roteiro previsível, diálogos excessivamente melosos e falta de realismo que frequentemente estão presentes nesses filmes.
Mas, dentro desse gênero, também existem alguns filmes que nos fazem lembrar porque pode ser tão gostoso assisti-los, mesmo para quem cansou dos clichês batidos. A seguir uma lista de filmes românticos que não precisamos ter vergonha de assumir que gostamos!
1- “A Rosa Púrpura do Cairo” (Woody Allen, 1985)
Nesse filme, indicado ao Oscar de melhor roteiro, Woody Allen transforma o amor pelo cinema em uma comédia romântica adorável. Uma garçonete (Mia Farrow) foge de sua triste realidade de sustentar um marido violento e grosseiro assistindo filmes no cinema; então, ao assistir pela quinta vez “A Rosa Púrpura do Cairo”, o herói do filme sai da tela e se declara para ela, provocando um tumulto entre os outros atores do filme. O ator decide viajar para a cidade para resolver a situação, deixando a garçonete dividida entre o ator e o personagem. Um delicado filme sobre os sentimentos e a fantasia, além de ser uma carta de amor ao cinema e ao seu poder na vida das pessoas.
2- Trilogia “Antes do Amanhecer”, “Antes do Anoitecer” e “Antes da Meia Noite” (Richard Linklater, 1995; 2004; 2013)
Essa trilogia conquistou seu espaço no mercado do cinema partindo de uma história bem simples: dois jovens se conhecem por acaso numa viagem de trem e se apaixonam, passeando pela cidade e debatendo sobre amor, trabalho, sexo... As aspirações filosóficas, muito presentes nos filmes do diretor, são bastante originais nesse gênero de comédia romântica, já fazendo valer os filmes. A maneira como foram filmados também é bastante interessante, tendo um espaço de tempo nas filmagens que condizem com a passagem de tempo na história. Nos três filmes são bastante valorizadas as conversas entre o casal e os passeios feitos por eles, recheados de conversas que saem do lugar comum e dos clichês dessas temáticas.
3- O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Jean-Pierre Jeunet, 2001)
O filme francês mais visto dos últimos tempos é consagrado como uma das mais aplaudidas obras do cinema moderno, recebendo o Oscar de filme estrangeiro. A inocente Amélie (Audrey Tautou) encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que a caixa poderia pertencer ao antigo morador, decide procurá-lo e encontra Dominique (Maurice Bénichou). Então, a partir de pequenos acontecimentos, sua vida vai ganhando outro sentido. A fotografia e a trilha sonora do filme são espetáculos à parte, que complementam o enredo dinâmico do filme.
4- Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (Michel Gondry, 2004)
Uma comédia romântica com ironia e amargura. O roteiro desse filme pode ser meio complicado de acompanhar, mas todo mundo já teve a vontade de querer eliminar memórias da cabeça, não é? E nesse filme vemos, através de saltos cronológicos, que os momentos importam quase que igualmente, de forma individual, tantos os maravilhosos quanto os terríveis. Conforme o personagem de Jim Carrey aprende, apagar a dor significa também apagar as alegrias.
5- Tudo Acontece em Elizabethtown (Cameron Crowe, 2005)
Boa direção, atores com uma ótima química e trilha sonora impecável: não tinha como esse filme não ser ótimo. O filme começa com tudo dando errado na vida de Drew (Orlando Bloom): é demitido após provocar um enorme prejuízo na empresa em que trabalhava e, logo em seguida, sua namorada termina com ele. Quando está prestes a cometer suicídio, tem a notícia de que seu pai morreu e que ele precisa ir para Elizabethtown para ajudar com o funeral. No vôo, ele conhece a aemoroça Claire (Kirsten Dunst) que começa a lhe dar esperança no futuro, apesar de tudo que vem acontecendo. É um belo filme sobre os encontros e as surpresas que a vida pode oferecer.
6- (500) Dias com Ela (Marc Webb, 2009)
Quando um relacionamento acaba, temos a mania de ficar reprisando alguns momentos chaves nas nossas cabeças, normalmente em uma versão um pouco distorcida das coisas e fora de ordem. É mais ou menos como esse filme funciona, quando Tom (Joseph Gordon-Levitt) fica relembrando as memórias que teve com sua ex namorada Summer (Zooey Deschanel). O filme se propõe a inverter a situação clássica das comédias românticas: nesse filme é o homem que se apaixonada; ela também está interessada, mas não quer algo sério. Tudo o que acontece em 500 Dias com Ela é plausível e atual, fazendo todos que já passaram por algum tipo de relacionamento se identificar com ao menos algum momento do filme.
7- Amor a Toda Prova (John Requa, 2011)
Esse filme consegue misturar a parte da paixão e da dor do amor, abordando variadas formas de relação em diferentes momentos da vida, sendo difícil não se identificar com ao menos uma das situações retratadas. Com ótimas performances de Ryan Gosling, Emma Stone e Steve Carrel, o filme oferece romance e humor sem ser piegas, ao contar a história de Jacob (Ryan Gosling), um life coach que transforma qualquer um em um garanhão como ele – até encontrar uma mulher que o faz repensar a maneira como lida com os sentimentos.
8- Ela (Spike Jonze, 2013)
Esse filme imperdível, ambientado em um futuro próximo, parte da curiosa história de um homem que se apaixona pelo novo sistema operacional de seu celular. Apesar dessa temática, Ela não é um filme que trata sobre tecnologia e futuro; é um filme que fala sobre os relacionamentos e as suas fraquezas e complexidades, e de como o ser humano se apaixona por aquilo que ele julga ser perfeito, mesmo que seja uma máquina. O roteiro magnífico, vencedor do Oscar, consegue explorar o ciúme, a possessão, o sexo a distância e a noção de pertencimento nos amores contemporâneos da maneira mais real e próxima possível.
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